Jovens transmitem cenas de sexo ao vivo na internet
A transmissão dos dois jovens, menores de idade, foi assistida ao vivo por mais de 26 mil internautas. Em poucos minutos a imagens estavam em outros sites de relacionamento. Muitos internautas denunciaram o caso à polícia como pornografia virtual.
Dois adolescentes, de 16 e 14 anos, prestaram depoimento à polícia
do Rio Grande do Sul depois de exibirem cenas de sexo ao vivo pela
internet, via Twitcam, no Twitter. As cenas foram transmitidas entre a
noite de domingo e a madrugada de segunda-feira, em Porto Alegre. A
Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos da capital gaúcha foi
acionada, inclusive via Twitter, por pessoas que viram as cenas.
Segundo o delegado Emerson Wendt, ele ficou sabendo do que havia
acontecido pela conta de seu Twitter pessoal. Ao comprovar que as cenas
existiram e foram gravadas, o delegado conseguiu identificar os jovens.
Eles foram chamados a prestar esclarecimentos na delegacia, onde foram
acompanhados dos pais. O rapaz, de 16 anos, foi ouvido na
segunda-feira, e a garota, de 14, nesta terça.
“Eles decidiram que teriam uma relação sexual se o número de acessos ultrapassasse 20 mil”
De acordo com as informações prestadas pelos jovens, eles se
conheceram pela internet há cerca de um mês. O primeiro encontro entre
eles aconteceu na última sexta-feira. No domingo, eles voltaram a se
encontrar e fizeram uma aposta. Num jogo de cartas on-line, o Uno, quem
perdesse teria que tirar a roupa e se submeter às carícias do ganhador
na webcam. A menina perdeu.
- Eles tiraram as roupas e fizeram carícias. Como as imagens estavam
sendo transmitidas pela Twitcam, decidiram que teriam uma relação
sexual se o número de acessos ultrapassasse 20 mil. O número de acessos
chegou quase a 25 mil, mas a menina desistiu de consumar o ato e pediu
que a câmera fosse desligada – informou o delegado Wendt ao GLOBO.
Segundo o delegado, os jovens são de classe média. Eles não foram
apreendidos, porque não havia mandado judicial ou foram flagrados nas
cenas. Por isso, eles foram liberados depois do depoimento. O caso será
encaminhado ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente, que
deve enviar ao Ministério Público. O MP deverá decidir que tipo de
medida socioeducativa será aplicada aos jovens.
Os pais não devem ser punidos pelo ato dos filhos. Os pais disseram ao delegado que não sabiam que o estava acontecendo.
O delegado disse que uma terceira pessoa que teria gravado e postado
as imagens num site internacional está sendo procurada. Ela poderá ser
indiciada por divulgar imagens pornográficas.
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