Pin- up
Cartazes ...
Eles têm animado gerações de homens. Fez os soldados americanos da segunda guerra mundial sonharem em pleno campo de batalha.
Falar sobre as pin-ups é voltar ao fim do século 19, época em que o
teatro de revista transformava dançarinas em estrelas, fotografadas para
revistas, anúncios, cartões e maços de cigarros. Em Paris, dois
artistas, Alphonso Mucha e Jules Cheret, criaram as primeiras imagens de
mulheres em poses sensuais para pôsteres, com trabalhos marcados pela
presença de contornos e detalhes.
A arte dos pôsteres virou escola e influenciou artistas até as primeiras
décadas do início do século 20, quando os calendários também passaram a
trazer desenhos de mulheres com silhuetas idealizadas pela imaginação
masculina da época. E é justamente a partir do ato de pendurar
ilustrações nas paredes que o nome pin-up (em inglês, pin up) surgiu.
Foi na década de 40, contudo, que as pin-up girls (ou “garotas
penduradas”) viveram o auge do sucesso. Numa época em que mostrar as
pernas era atitude subversiva e ser fotografada nua, atentado ao pudor,
lápis e tinta davam forma a essas mulheres, carinhosamente chamadas de
“armas secretas” pelos soldados americanos – na Segunda Guerra Mundial,
elas serviam de alívio para os pracinhas que arriscavam a vida nos
campos de batalha. Betty Grable foi uma das mais populares dentre as
primeiras “pin-ups”. Um de seus posters tornou-se onipresente nos
armários destes soldados.
O conceito das garotas pin-up era bastante claro: eram sensuais e ao
mesmo tempo inocentes. A verdadeira pin-up jamais poderia ser vulgar ou
oferecida, apenas convidativa. Asseguradas pelos traços sofisticados
vindos da art-nouveau, elas vestiam peças de roupa que deixavam
sutilmente à mostra suntuosas pernas e definidas cinturas. Era o
bastante para alimentar a fantasia dos marmanjos. Das ilustrações de
papel, as pin-ups logo ganharam vida ao serem encarnadas por atrizes
como Betty Grable e Marilyn Monroe, ou fotografadas por modelos
voluptuosas como Bettie Page, também chamada de “rainha das curvas”.
A partir dos anos 70, a indústria do sexo passou a desmanchar a aura
misteriosa dessas mulheres, graças a filmes pornográficos e revistas de
nu feminino. O Imagens e Letras trás para o leitor um apanhado em três
galerias que mostra como o mundo masculino da época suspirava pela
beleza feminina.
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