D. Pedro exumado em segredo
Restos mortais foram alvo de testes
científicos, envoltos em segredo. Tudo para poder desfazer alguns mitos
que rodeavam a morte deste monarca.
E efectivamente, tal aconteceu: D. Pedro, que foi sepultado com
uniforme de general e rodeado por comendas e medalhas, não era alto e
forte, como normalmente é retratado. De acordo com os peritos, teria
entre 1,66 e 1,73 metros...
Correio da Manhã
História: Análises feitas em 2012 mas reveladas agora
O Brasil exumou, no mais completo segredo, os restos mortais do primeiro
imperador do país, D. Pedro (o IV de Portugal), nascido em Queluz
(1798-1834), e das suas duas mulheres, as imperatrizes D. Leopoldina e
D. Amélia, para posterior pesquisa histórica e científica. As exumações,
realizadas após uma longa negociação com as autoridades governamentais,
ocorreram em 2012, mas só esta semana foram conhecidas.
Os restos mortais dos três foram submetidos a
ultrassonografias e tomografias no Hospital das Clínicas, em São Paulo, e
analisados por especialistas da Universidade de São Paulo, permitindo
desfazer vários mitos. Em primeiro lugar, D. Pedro, que foi sepultado
com uniforme de general e rodeado por comendas e medalhas, não era alto e
forte, como normalmente é retratado. De acordo com os peritos e,
descontada a ação do tempo, teria afinal entre 1,66 e 1,73 metros.
Outra
"verdade" histórica repetida por quase 200 anos e que agora foi
desmentida pelos exames foi o episódio em que a imperatriz D. Leopoldina
teria partido o fémur de uma das pernas ao ser empurrada por D. Pedro
das escadarias do palácio da Quinta da Boavista, no Rio de Janeiro. Os
exames não detetaram fratura alguma.
Por último, a
outra mulher, D. Amélia, surpreendeu pelo estado de conservação em que
se encontra. Foi mumificada e, por isso, tem razoável estado de
preservação, exibindo cabelos, parte da pele, unhas, cílios e até alguns
órgãos internos.
Sem comentários:
Enviar um comentário