segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Depois Da Vida: Verdade Ou Farsa? - AFINAL, A SENHORA QUE FALA COM OS MORTOS É UMA FARSA. QUEM DIRIA?

 A 'médium' que encontra paz nos cemitérios
Desde os dois anos que conversa com espíritos. Sonhou ter seis filhos, mas não cumpriu o objetivo. Eis a vida da britânica que pôs os portugueses a falar com o Além, na TVI, e trava agora uma batalha em Espanha pela sua credibilidade. Em apenas dois anos, a médium britânica conheceu o auge da carreira e, agora, o que ameaça ser o seu desfecho. Anne Germain diz ter começado a falar com espíritos aos dois anos e meio, quando recebeu a primeira mensagem, dirigida à mãe. Contudo, o primeiro episódio que relata no seu livro de 2011, Can You See Them ,Too? [Você Também os Vê, em tradução literal], ocorre aos quatro anos, quando ela, os pais e as duas irmãs mudam para uma grande propriedade e Anne começa a falar com os primeiros espíritos. Precisaria, então, de quase meia década para chegar à televisão portuguesa em 2010. Com ela vinha de mão dada a produtora Mónica Carrelhas, profunda conhecedora do sector televisivo nacional e responsável pela produtora do programa que lançaria Germain no trilho do sucesso ibério Depois da Vida. Êxito que, desde há duas semanas, está seriamente comprometido depois de um dos ex-colaboradores espanhóis ter vindo a público pôr em causa os talentos mediúnicos desta inglesa que convenceu famosos e anónimos deste e do outro lado da fronteira.
                                                                Guerras em Espanha
Tudo começou porque o diário espanhol El Mundo anunciou que Germain iria fechar o ano de 2012 com ganhos acima de um milhão de euros. Ao mesmo tempo, deu a conhecer relatos de um ex-colaborador do programa homólogo ao português em Espanha, Más Alla de la Vida, exibido no Telecinco, dando conta de que "o espetáculo da inglesa é uma farsa, um engano". De acordo com a referida reportagem, adiantava este ex-trabalhador, sob anonimato, que a médium tinha uma equipa cuja função era preparar um aturado dossiê sobre os famosos que aceitavam ir a uma consulta televisiva com Germain. "Ela estudava essa pasta em casa durante vários dias para saber o que havia de dizer aos famosos", lê-se na reportagem do periódico El Mundo. O mesmo trabalhador anunciou, inclusivamente, o método a que recorria: "Quando terminava uma sessão, ela anunciava que precisava de se retirar para descansar, mas não era isso que fazia. Ia para uma sala ao lado do estúdio para ver o guião da celebridade seguinte". O coro de críticas subiu de tom com o ator Santiago Segura - um dos convidados da edição espanhola - a sustentar que "com Anne Germain não vi nada 'depois da vida'. Não tive um único detalhe que me permitisse pensar que ela estava a ter contacto espiritual com a minha mãe". A defesa da médium foi simples: "Só lhe peço o mesmo respeito que eu tenho pela sua forma de ganhar a vida." A verdade é que os espectáculos que Germain tem marcados um pouco por toda a Espanha e até ao fim do mês de novembro se mantêm. Hoje, é difícil encontrar quem queira falar de Anne mas, na altura, Mónica não poupou elogios. "Levei três anos a encontrá-la e senti honestidade quando a conheci", recordou a produtora, dias depois da estreia do formato na TVI. Júlia Pinheiro, que sempre se mostrou cética, não quer falar sobre a médiuminglesa: "Não vou falar de programas da TVI", insiste. Já Iva Domingues, que conduziu Depois da Vidaapós Júlia, esteve indisponível. Sobre a polémica espanhola, contudo, garantiu: "Que eu saiba, não havia qualquer informação sobre os concorrentes."
                                                              Adolescência difícil 
A escola foi um dos momentos complicados que a jovem natural de Walten-on-Thames, nos arredores de Londres, teve de gerir. "Era tratada como esquisita e os colegas deitavam-me detergente para os olhos e diziam-me: 'E agora, o que vês?', relatou. Uma guerra que só abrandava quando Germain se retirava para um local muito especial: o cemitério. "Ia muitas vezes quando era adolescente porque era muito estranho, nessa idade ver, ouvir e sentir as coisas. Era muita pressão", recorda. Hoje, diz que a visita dos espíritos evita essa caminhada até às sepulturas. Aos 15 anos sai de casa por se sentir incompreendida, mas volta aos 22 anos, já casada. Anne chegou a admitir que sonhava ter sido mãe de seis filhos, o que acabou por não acontecer. Muito antes de se dedicar seriamente às sessões mediúnicas, por volta dos 20 anos, Germain ainda tentou fazer a vontade à mãe e foi cabeleireira. Mas a ocupação não a preenchia e a britânica prosseguiu estudos para tirar Recursos Humanos, chegou a trabalhar com a polícia de Londres. Nestes anos, conciliou a vida profissional com sessões. Em 2009, aceita chegar à televisão, mas longe do seu país. "Quero poder continuar a ter a minha privacidade", diz. Em Espanha já a perdeu, sobretudo agora que se vê a braços com uma nova batalha: o seu nome envolvido em faturas falsas por serviços que jura nunca ter prestado à fundação Noos, escândalo em que o genro do rei Juan Carlos e marido da infanta Cristina, Iñaki Urdangarín, é reu.

Anne Germain ficou conhecida do público português como a médium do programa da TVI “Depois da vida”. Sim, a Anne era aquela senhora simpática que falava com os mortos. Todas as sextas-feiras figuras públicas e anónimos falavam com os seus mortos, levando às lágrimas milhares de telespectadores. O sucesso foi tanto que Anne e a TVI percorrem o país com o seu “espectáculo”. Cá em casa, ou melhor na casa dos meus pais, o programa também não passou despercebido, todas as sextas-feiras lá estavam em frente à televisão maravilhados com os poderes paranormais da britânica. Guardando o sábado para convencer a céptica lá de casa, eu, da veracidade da médium. Todas as conversas, diga-se inúteis quanto a efeitos práticos, acabavam com a frase: podes não acreditar, mas que há alguma coisa há.

E, não é que a minha mãe tinha razão, realmente havia um auricular que informava que pessoas escolher e dossiês detalhados sobre cada convidado. O reinado de Anne Germain acabou, foi desmascarada em Espanha por uma investigação do jornal “El Mundo” após uma denúncia de um ex-funcionário da suposta vidente. Afinal, a senhora que fala com os mortos é uma farsa. Quem diria?
Desmontando a Anne Germain
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El fraude de Anne Germain desmontado


Anne Germain se presenta en su página web como una médium espiritual y una Maestra en Reiki. Nacida en el sureste de Inglaterra, la supuesta espiritista británica se ha vuelto extraordinariamente popular en España con el programa de Telecinco "Más allá de la vida", y en donde la médium hace presuntamente contacto con difuntos de personajes famosos.

Tras su segundo matrimonio con Keith Germain, Anne se instaló en el pueblo de West Ewel, en donde comenzó a contactar con otros médiums. Tras trabajar 14 años como secretaria en la policía local y unos años como funcionaria del Ministerio de Interior, decidió dar un rumbo a su vida profesional en 2006 y se orientó hacia su auténtica vocación: el mundo del más allá. Con su marido montó una empresa que ofrecía servicios de recursos humanos y espiritismo, la compañía recibió su mismo nombre, Anne Germain Ltd. Y al poco tiempo una productora portuguesa contrataba sus servicios. Su ascenso hacia el estrellato televisivo no hacía más que comenzar con el programa"Despois da vida", emitido en la Televisão Independente (TVI), en el cual mantuvo un considerable éxito de share. Su éxito llamó la atención de productores españoles y al poco tiempo el formato se exportaba a la televisión española, un importante elenco de famosos se paseaban por el plató de Telecinco para evocar a sus fallecidos a través de la médium.
Las capacidades mediúmnicas exhibidas por Anne son asombrosas, dice poder ver a los espíritus exactamente igual que ve a cualquier persona viva. A la supuesta médium le bastan unos pocos segundos para "sintonizar" con el mundo de los muertos y comenzar a recibir los mensajes que los espíritus desencarnados desean comunicar a sus parientes. Como si de una traductora de lenguas se tratase, la comunicación es fluida y pasa a través de la impertérrita Anne que permanece tranquilamente sentada en su asiento mientras en sus oyentes comienzan a brotar los primeros lagrimones. Anne está acostumbrada a ver derrumbarse a sus clientes emocionalmente así que siempre va pertrechada con unos cuantos paquetes de clinex.
Algunas voces comienzan a criticar el espectáculo montado en torno a la presunta vidente. El mentalista Anthony Blake, por ejemplo, declaró que "lo de Anne Germain es mentira" y que la "señora se aprovecha de eso y utiliza unas técnicas estupendas, pero que no dejan de ser técnicas". También Santiago Segura, en un arranque de honestidad y franqueza, declaró sentirse decepcionado por lo poco que había acertado la médium, afirmando tajantentemente que, a pesar de su fama, Anne Germain "no ha dado ni una".
El periódico "El Mundo" acaba de publicar un artículo en donde se desmonta a la médium y destapa todo el engaño con el que ha levantado un millonario negocio. Hasta el momento, la espiritista británica ha sabido rentabilizar su enorme éxito: programas televisivos, publicación de libros y giras por teatros españoles en los que se cobra una entrada de 80 €. Anne obtiene alrededor de 10.000 € por sesión y solamente con la gira de este año ha ganado la friolera de 510.000 euros. A ello hay que sumar los 390.000 euros que ha ingresado por el programa de Telecinco (15.000 euros por capítulo). Al finalizar el 2012 habrá ganado un millón de euros.
¿Cuál es el truco? Pues a diferencia de lo que muchos creen, no se trata de una lectura en frío sino que Anne emplea una artimaña mucho más simple y efectiva: información privilegiada. Un equipo de personas que trabaja a su servicio se encarga de preparar dossieres sobre la persona con la que se va a entrevistar y sus seres queridos. Antes de salir a plató, Anne se estudia el informe y memoriza los aspectos más relevantes. En el siguiente informe realizado a Leandro de Borbón, en inglés para que Germain lo pueda entender, se han subrayado frases que la médium debe estudiar antes de salir a la escena.
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