Reportagem
Ex-Big Brother põe os chineses a chorar
Marco Borges treina futuros guarda-costas e já foi notícia nos sites americanos por causa da "formação brutal"
Em Portugal é o Marco do 'Big Brother', que deu um pontapé a uma concorrente e foi expulso do programa da TVI. Fora do País é o principal formador de uma empresa chinesa que quer ser a maior fornecedora de guarda-costas. “Acabei a segunda formação e volto a Pequim a 22 de Fevereiro. Vou ficar pelo menos um ano a trabalhar com eles”, diz Marco Borges à SÁBADO.
A presença do português na Ásia já foi noticiada nos Estados Unidos. Na semana passada apareceu nos sites da revista Time e do jornal USA Today por estar a dar uma “formação brutal” aos futuros guarda-costas chineses. Foi o segundo de dois cursos de 21 dias que deu na China e que decorreu numa base militar do exército nos arredores de Pequim.
Marco Borges ficou instalado num hotel localizado a 3 km da base. Antes da formação, iam buscá-lo. No fim, levavam-no. O treino é duro. “Se eles se portarem bem, começa às 5h da manhã e termina à 1h da madrugada seguinte. Se não correr bem durante o dia, não precisam de dormir”, diz. Vídeos da formação mostram os recrutas, homens e mulheres, a rastejar sobre pedras, com os braços a deitar sangue, a treinar luta corpo a corpo, a correr no deserto e a fazer exercícios com troncos de árvores.
Marco Borges, concorrente da primeira edição do ‘Big Brother’ (TVI), sofreu um traumatismo craniano ao ser violentamente agredido por onze indivíduos dos Serviços Secretos da China, país onde ministrou cursos de formação de guarda-costas. Dois outros portugueses também foram vítimas de agressão.
O ex-concorrente do ‘Big Brother’ foi alvo de
um violento ataque por parte de 11 indivíduos dos Serviços Secretos da
China, o que lhe provocou um traumatismo craniano. Com ele viajavam mais
portugueses.
Marco Borges, o ex-concorrente do
'Big Brother', que atualmente dá formação na área da defesa e segurança
pessoal, foi numa viagem de trabalho à China, em conjunto com outros
colegas, mas as coisas não correram nada bem.
Juntamente com ele, Mário Ribeiro, também concorrente da primeira edição do Big Brother, David Peixoto e Miguel Sousa foram violentamente agredidos.
Segundo o Correio da Manhã, este grupo de portugueses viajou até à Academia Militar Whampoa, em Pequim, para arrancar lá com o primeiro curso dado a estrangeiros.
Em declarações à imprensa, Marco explicou como tudo aconteceu: “Ao fim de 48 horas, comecei a aperceber-me de um comportamento xenófobo em relação aos portugueses” e revela que foi agredido por 11 militares chineses quando foi pedir explicações.
Na sua página do Facebook, é possível ler o relato de tudo o que se passou na China.
Deixamos aqui um excerto do texto de Marco Borges:
"Reunimos e comunico-lhes o desagrado dos três estudantes estrangeiros face à notícia de não poderem concluir todos os módulos para os quais tinham pago e por isso tinham decidido abandonar a formação e pediam que lhes devolvessem o dinheiro que tinham pago antecipadamente.
Esta simples notícia, que penso que todas as pessoas de bem compreenderiam, originou uma fúria e raiva incompreensíveis e foi interpretada como mais uma forma de os estudantes estrangeiros minimizarem as autoridades chinesas.
'Não, nem pensar, eles estão na China e aqui quem manda ou decide seja o que for somos nós' (era só tudo o que gritavam e repetiam vezes sem conta).
Calmamente tentei apelar ao seu bom senso dizendo-lhes que de facto não estavam a cumprir com o que tinha sido anunciado e que se no futuro não quisessem ser rotulados de pouco sérios ou mentirosos perante toda a comunidade estrangeira tinham de tentar perceber o ponto de vista dos estudantes estrangeiros e devolver-lhes o dinheiro que tinham pago.
Meus amigos, foi o princípio do fim. O indivíduo que está à minha frente quando acaba de ouvir a tradução tenta-me agredir de imediato, consigo impedi-lo e neutralizar e depois...
Recupero os sentidos já no exterior, sinto o frio e o conforto do alcatrão e ao sentir tanta pancada em simultâneo, procuro fazer a única coisa sensata a fazer numa altura destas, tentar fechar o meu corpo e proteger pelo menos as partes mais vitais, e ao mesmo tempo gritava: 'Porquê? Porquê?...'
Quando se cansaram de me pontapear, lá me permitiram levantar, era surreal, nem vos consigo explicar o que sentia, estava cansado, coberto de sangue, e depois de ninguém me responder o porquê de tal estar a contecer, contei todos os elementos presentes olhando cada um nos olhos e disse-lhes que eram muito bravos e corajosos...
Mais um arraial de socos e pontapés.
Sinceramente pensei que tinha chegado a minha hora, e só conseguia pensar: "É agora, vai ser agora ".
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