quarta-feira, 3 de abril de 2013

O MUNDO MÁGICO DE TELMO MELO

 
Qundo somos mais jovens, somos expostos a um conjunto de estímulos, que encontram em nós, o prazer e o entusiasmo a desenvolver...

Por isso a magia, foi o meu estímulo, que procurei desenvolver, e que hoje tenho o prazer de com a magia procurar, estudar, criar e evoluir...
Confesso que a magia é uma arte sem tradição em portugal.

Mas continuo achar ter sido para mim uma decisão acertada.

As minhas paixões influênciam-se sempre de forma determinante, no meu dia-a-dia tenho com a arte mágica uma relação apaixonada e de constante proximidade.
Seja como hobbie seja como profissão, é nesta actividade que encontro a cada dia da minha vida a realização do meu sonho pessoal e profissional.
AOS MEUS PAIS
E A TODOS OS QUE ACCREDITARAM EM MIM
OBRIGADO.

 A minha fotografia

 

17 perguntas ao mágico Telmo Melo

Telmo Melo, 24 anos. Nasceu e reside em Coimbra. Solteiro, mágico de profissão.
Quando descobriu o gosto pela magia?
Tudo aconteceu no ano de 2001 quando assistia a uma série de espectáculos de Luís de Matos, no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra. Mais tarde passou na RTP1. Algo mexeu comigo. Tentava imitar os mágicos, mas o efeito não era igual. Comprei livros e pesquisei na internet.
Os meus amigos queriam jogar futebol, mas eu fazia desaparecer uma moeda, o que me dava muito mais prazer.
Todos ficaram espantados por ser o único da família ligado às artes mágicas.
Tem algum ídolo que o inspira?
O Luís de Matos é uma grande inspiração para mim. Foi através dele que me liguei à magia. Há quem me compare a ele, mas não gosto. Nunca tive aulas com ele. Compreendo que foi através dele que comecei.
Admiro também os efeitos do Kevin James, que é um grande construtor de ilusões. Quando o vi a actuar ao vivo, nos Encontros Mágicos em Coimbra, adorei!
Até onde já foi em trabalho?
Já estive na Suíça três vezes. Percorri Portugal de Norte a Sul, menos ilhas. Vou a todos os sítios que me convidam. Não podemos recusar qualquer que seja o convite.
 Como qualifica Portugal no que concerne ao número de ilusionistas e de espectáculos de magia?
A magia é a arte mais antiga do mundo, mas não tem saída em Portugal. É muito desprotegida a nível cultural. É entretenimento. Há quem pense que a magia é uma realidade, o que me entristece. Recebo e-mails, chamadas, cartas em que me dizem para não seguir esta arte. Até já me ameaçaram. Isto não é real. É ficção, como nos filmes. É a arte mais bonita que pode existir.
Como vê os meios da Comunicação Social?
São muito parados. Não dão o valor nem a informação necessária a esta arte. Podiam fazer reportagens interessantes. Ficam-se por pouco. Não informam as pessoas. É raro ler-se num jornal algo sobre magia, um mágico, uma nova ilusão. A magia é uma caixinha de segredos. Devia ser mais revelada do que o que é.
Qual o espectáculo mais marcante até hoje?
Todos os espectáculos tiveram significado para mim. Esta pergunta é complicada. Imagine-se perguntar a um pai de qual filho gosta mais. Se tiver apenas um é fácil responder. Todas as actuações são importantes. Cada espectáculo que faço é como se fosse o último.
O que lhe falta fazer?
Estou bem como estou. Ninguém vive 100% satisfeito. Procuro ser feliz em todos os momentos mágicos. Sou apaixonado por aquilo que faço. Faço o que gosto, como gosto e quando gosto.
Deixei de estudar para me dedicar inteiramente à magia. Foi uma boa opção, pois nunca tive problemas na magia. O meu desafio diário é ser feliz.
Porque se veste sempre de preto?
Devido ao Luís de Matos. Quando o vi pela primeira vez comprei uma camisa preta. Essa camisa suscitou comentários agradáveis. Comprei mais quatro camisas e calças. Cheguei ao cúmulo de vestir preto em todos os espectáculos e no meu dia-a-dia. É a resolução para um dos meus problemas.
Fazer aparecer ou desaparecer objectos?
Aparecer! Sou muito positivo. Optimismo acima de tudo!
Qual o seu truque preferido?
É o que vou inventar amanhã. Gosto daquele que vou realizar mais tarde. Evoluir, para conquistar mais público.
A crise afecta a magia?
Noto a diferença da crise. Mas tenho conseguido encher todas as salas onde passo. Tenho realizado muitos espectáculos. Normalmente ficam pessoas em pé e sentadas no chão. Vêm de todo o país.
O que vejo é que a cada ano as marcações de espectáculos têm descido. Em média tenho 60 espectáculos por ano e em 2010 são cerca de 50.
Qual o seu maior sonho?
É uma pergunta difícil. Todos nós temos muitos sonhos. Por agora quero concretizar os meus objectivos. Não devemos ter ganância de ter tudo de uma vez. Conquistar as coisas aos poucos. Gosto do que faço e divirto-me bastante com isso. Quero abrir portas à magia, senão o conseguir posso abrir paredes.
O meu sonho é continuar a fazer aquilo que gosto.
Já fez magia de rua?
Não, mas gostava muito de ser convidado a fazer parte dos Encontros Mágicos. Já tive muitos espectáculos, mas nenhum dessa dimensão. Era diferente e sem dúvida fantástico.
Já alguma vez um truque correu mal em plena actuação?
Já, mas penso que ninguém percebeu. Temos de disfarçar. Nunca anunciamos uma ilusão antes de a realizar. As pessoas nunca sabem o que vão ver. Nunca ninguém se apercebeu de qualquer engano meu numa ilusão.
Quando sentiu que era da magia que queria fazer vida?
Logo no primeiro espectáculo. É difícil estar sozinho em frente ao público, mas gosto de comunicar, de estar em frente às pessoas. Para mim são coisas banais e para os outros um mistério.
Magia branca ou magia negra?
A magia que faço não tem nada a ver com magia negra, com feitiços, com cartomantes. É puro ilusionismo, artístico, para captar a atenção do espectador.
Perspectivas para o futuro?
Estou a construir vários projectos. Muitos espectáculos e o lançamento de um DVD promocional que terá entrevistas, ilusões e fotografias.

Telmo Melo, um mágico em ascensão

A magia é uma arte com especiais características no despertar curiosidade em todos os estratos sociais e ao propiciar momentos de intensa imaginação e de humor sadio, uma actividade nobre que surpreende, “intriga” o ego e deixa “mistério” no intelecto dos espectadores. Exerce, por isso, um efeito atractivo e de forte impacto nas pessoas, porque estas tentam compreender, descobrir ou adivinhar os segredos que nela preponderam e que os mágicos tão bem sabem criar, dosear e transmitir. Além disso, provoca interesse naqueles que desejam aprender e desvendar os seus “enigmas” e transmitir os seus “efeitos ocultos”.
Telmo Melo seduziu-se por esta arte, revelando, no nosso entendimento, apetência para a magia. Em 2003, ao entabularmos diálogo e amizade com o jovem, que perdura, incentivámo-lo e demos-lhe ânimo para abraçar o sonho. Realizavam-se, então, como felizmente para a arte, para Coimbra e País, ainda se mantém, os “Encontros Internacionais de Magia de Coimbra”, um projecto inovador e marcante do mágico universal, Luís de Matos. Telmo Melo não resistiu ao seu fascínio e tornou-se um “devoto” e apaixonado pela magia e de total admiração pelo seu “mestre”, Luís de Matos. A agenda elaborada e diversificada, nos mágicos e nos lugares, proporcionaram-lhe um leque de exibições, a que não faltou, nesse ano e nos seguintes. A Câmara levou a magia à Penitenciária. E, o Telmo entristecia, se não fosse. Ultrapassámos o obstáculo graças à boa vontade do nosso amigo Director. No local de apresentação e perante os convidados e os reclusos, Luís de Matos ofereceu-lhe uma caixa com muitos dos “segredos” que tinha de aprender, enquanto o Dr. Carlos Encarnação referia, estar ali um “clone” do prestigiado e mundial mágico. Este gesto e as palavras foram o sinal indispensável para o Telmo acreditar no futuro.
A partir daí a dedicação à magia tornou-se um salutar “vício”. Leitura de bibliografia atinente à arte, estudo aturado, presença em programas de magia, consultas ao patrono, prática intensa e, finalmente, a coragem de aparecer em público, onde incluía em espectáculos sociais, sobretudo de solidariedade, os números que já dominava. Estivemos nas suas primeiras exibições e verificámos como vibrava com a magia. Denotando, dia a dia, mais perseverança, mais determinação e maior sentido de responsabilidade, foi resolvendo as dificuldades, acreditou no amanhã e agarrou, com maior força, a esperança que o envolve. Decidiu-se pela profissão.
Há dias surpreendeu-nos. Integrámos um júri, onde o Telmo apresentava alguns números do seu reportório. Descontraído, fluente, comunicador, humilde na apresentação, eufórico e pleno de habilidade e saber, levou as centenas de pessoas ao rubro. À palavra que descrevia o número em palco, associava o humorístico numa cumplicidade entre o mágico e a plateia. E, no momento fulcral trouxe o equipamento complementar e a sua “partenaire”, obtendo, com o truque da caixa, uma merecida e prolongada ovação e o reconhecimento da assistência. Telmo Melo, um promissor valor da magia, um conimbricense que abraçou com “alma”, coragem e esperança a difícil profissão de mágico. Alguém em plena ascensão na carreira escolhida.
 

Telmo Melo comemorou nove anos de carreira

Telmo Melo, jovem mágico conimbricense, celebra a «realização de um sonho, vitórias, lágrimas, sorrisos» e está bastante entusiasmado por haver pessoas «que dão valor» ao seu trabalho.

 

Isto é MAGIA!!!

 

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