
Novo viral 'Harlem shake' sobe nas paradas musicais
Os vídeos virais que sacodem a internet a partir da música “Harlem Shake”, do DJ americano Baauer, parecem estar influenciando os protestos no Egito.Centenas de jovens abusaram da forma desordenada de...
Um novo viral vem surgindo na internet desde o início de fevereiro. Com apenas 30 segundos de duração, Harlem Shake, do Dj norte-americano Baauer, vem invadindo faculdades, escritórios, ruas e até redações de empresas de comunicação.
- (Foto: Reprodução/YouTube)Vídeo com o meme 'Harlem shake' filmado na Avenida Paulista, em São Paulo
A febre Harlem Shake, difícil de explicar, fácil de dançar
Alguém começa a dançar solitariamente. Depois, uma multidão entra em euforia. Chama-se Harlem Shake e é o mais recente fenómeno viral da internet.
Concentremo-nos agora no Harlem Shake, o mais recente fenómeno viral da internet. Esse é o nome de um tema do DJ e produtor americano Baauer (ver Ipsílon da semana passada), de apenas 22 anos, que circulou o ano passado junto de entendidos por novas correntes musicais, neste caso o trap, junção de batidas sintéticas com baixas frequências provenientes de elementos de diversas famílias musicais (hip-hop, house, dubstep ou dub).O tema foi lançado numa das editoras de Diplo, produtor e DJ americano ligado às músicas electrónicas das margens, próximo dos portugueses Buraka Som Sistema. Ou seja, o tema Harlem shake foi celebrado em 2012 apenas junto de públicos minoritários. Mas há duas semanas algo de muito inesperado aconteceu.
Começou com um simples vídeo feito por um grupo de australianos, que dançavam ao som, lá está, de Harlem shake. No vídeo pode ver-se um homem que começa a dançar num quarto, enquanto os restantes parecem desinteressar-se da função. Mas passados alguns segundos a inversão de clima acontece quando a música chega a uma fase de crescendo e se ouve a frase “and do the harlem shake”. Nesse momento todos começam a dançar freneticamente ao som da música.
E é isto. Mas ‘isto’ foi alvo de uma quantidade inimaginável de réplicas para todos os gostos nos últimos dias. Neste momento, segundo o YouTube, já foram postados mais de 40 mil vídeos relacionados com o Harlem shake, num total de 175 milhões de visualizações. Ou seja, trata-se da típica paródia onde todos querem participar, sem que se perceba exactamente porquê.
E é claro que ninguém faz a mínima de quem é Baauer ou o trap. Na verdade, talvez não seja o mais relevante. Ora vejam:
Graças à internet, o fenómeno do “Harlem Shaking” alastra-se por todo o mundo.
Nos Estados Unidos estudantes de uma faculdade do Colorado estão a ser investigados pelas autoridades da aviação civil norte americana, para se apurar se violaram as normas de segurança durante um “Harlem Shaking” num voo entre Colorado Springs e San Diego.
Na capital do Egito, centenas de jovens recorreram ao “Harlem Shaking” para de forma descontraída protestarem contra o presidente Morsi em frente da sede da Irmandade Muçulmana. A polícia chegou a ser mobilizada, mas a “performance” decorreu de forma pacífica.
Com danças bizarras e pessoas caracterizadas das mais variadas
formas, o Harlem Shake já foi gravado por pessoas de vários lugares do
mundo.
O hit do Dj Baauer é o mais vendido no iTunes dos EUA. Na
loja virtual da Apple no Brasil, a música está em 16º lugar até esta
última terça-feira.
Na revista Billboard, Harlem Shake entrou em 9º lugar no ranking de vendas digitais de Dance e em 12º lugar no ranking de Música Eletrônica.
De
acordo com nota divulgada pela revista, Billboard, a tendência é que a
música suba ainda mais nas paradas musicais, já que os “memes” estão surgindo a cada dia.
"'Harlem
shake', de Baauer, ainda tem caminho longo a percorrer antes que se
torne a próxima 'Gangnam style' em termos de visualizações totais, mas a
música do [selo] Mad Decent se tornou uma explosão viral inesperada na
semana passada em níveis não vistos desde a invasão americana de Psy - e
já está subindo nas paradas da 'Billboard'", diz o site da revista.
‘Harlem Shake’ Protests in Tunisia and Egypt
The rapid evolution of the “Harlem Shake,” from a dance to a song to a viral video craze to a new form of Middle East protest, continued apace on Thursday. Hundreds of protesters danced outside the headquarters of the Muslim Brotherhood in Cairo, and students and ultraconservative Islamists known as Salafists clashed in Sidi Bouzid, the Tunisian town where the wave of uprisings in the Arab world began with a very different gesture of defiance.
Harlem shake just started in front of Muslim Brotherhood main building #HarlemShake #Harlem_shake_ikhwan pic.twitter.com/LxOjsAAKmX
The clashes in Tunisia came one day after conservative Salafists had tried and failed to stop the recording of a “Harlem Shake” video at a language school in the capital, Tunis.
The clashes in Tunisia came one day after conservative Salafists had tried and failed to stop the recording of a “Harlem Shake” video at a language school in the capital, Tunis.
The protest in Egypt followed the arrest last week in Cairo of four pharmaceutical students. They were charged with violating the country’s decency laws by dancing in their underwear to emulate the Australian “Harlem Shake” video that sparked the craze and has been viewed more than 18 million times in the past four weeks.
Before the arrests, one popular remix of the video in Egypt appeared to show police officers getting in on the act.
The rally by about 400 activist dancers in Cairo on Thursday night,
outside the offices of President Mohamed Morsi’s Muslim Brotherhood, was
streamed live to the Web by activists and caught on video by the news site Egyptian El Badil.
On Monday, Agence France-Presse reported, Tunisia’s education minister ordered an investigation into another video made over the weekend at a school outside Tunis that included the mockery of Islamists.